"O cyber-espaço, repleto de bugs e falhas - os componentes do habitat natural - formará um localização completamente nova e previamente desconhecida quando lançado em uma cidade real - Cybertopia" diz Egor Orlov, estudante do Strelka Institute em Moscou. Segundo Orlov, o mundo físico está à beira de uma grande descoberta que revolucionará o modo como arquitetos concebem o espaço - fazendo a ponte entre o analógico e o digital.
Cybertopia - concebido enquanto Orlov era estudante da Kazan State University of Architecture and Engineering sob a orientação de Akhtiamov I.I. e Akhtiamova R.H.e nomeado para o Archprix Madrid 2015 - existe como outra dimensão para Orlov, onde os contos de fada se tornam realidade e a ciência está em harmonia com a engenharia e o projeto arquitetônico. Future of an Architecture Space. Cybertopia. Death of Analogous Cities mergulha em um mundo de fantasia onde a "possibilidade de voar ou andar de um planeta para outro se torna uma realidade ilustrada através de uma combinação de técnicas baseadas no desenho e em uma fértil imaginação.
Entre no mundo tecno-analógico de Cybertopia, a seguir.
Em Cybertopia, o limiar entre o imaginário e o lógico deixa de existir. Segundo Orlov, "o desenvolvimento tecnológico dá a esses mundos a oportunidade de se mesclarem mais naturalmente, transformando o cyber-espaço em um componente da cidade, criando um novo ambiente para a vida humana." Os desenhos de Orlov revelam um mundo quadridimensional onde a imaginação e o ambiente construído colidem em um turbilhão de detritos urbanos. Cybertopia é o lar de um amálgama de comunidades com monumentos facilmente reconhecíveis justapostos à heroínas oriundas de fábulas e contos de fadas, todos inseridos em uma malha urbana ilimitada e colorida.
Bairros e cidades inteiras são construídos e deletados, movidos, transformados e metamorfoseados em Cybertopia, onde limites são inconcebíveis e a realidade é indefinida. Cybertopia serve coma uma espécie de anti-masterplan, projetada para "repensar o futuro" dos centros urbanos, que Orlov acredita terem subcapitalizado os recursos tecnológicos disponíveis. No plano, todos os componentes tradicionais de um centro urbano são atendidos, porém reimaginados para proporcionar novos usos para os elementos existentes. A escala é irrelevante no mundo utópico dos sonhos onde objetos deslocados dominam o skyline e formas reconhecíveis não guardam nenhuma relação com suas funções originais. É um mundo de melancolia que não requer soluções ou organização, servindo apelo para que os urbanitas questionem seus próprios limites.
"Amanhã", diz Orlov, "esperamos uma topografia completamente diferentes para a cidade. Ela será um mapa que inclui cyber-mundos com geografia, leis da física e mesmo habitantes intrínsecos." Cybertopia representa uma adaptação antecipada de um futuro inevitavelmente dominado pela tecnologia em uma sociedade que luta para abandonar seus métodos analógicos. O mundo híbrido futurista de Cybertopia relembra a Dymaxion House de Buckminster Fuller, uma dissecação não ortodoxa da casa americana padrão que compartilha dos ideais futuristas de Orlov. Ao passo que a tecnologia avança, a divisão entre os universos físico e digital desaparecerá, tornando o futuro da cidade incontestável, diz Orlov: "É como se paisagens de jogos de computador tivessem se tornado parte essencial da cidade."
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